A digitalização do mercado de capitais no Brasil

tendências recentes

Autores

Palavras-chave:

Digitalização, Mercado de capitais, Brasil, Financeirização, TIC

Resumo

Na esteira dos debates sobre a finança digitalizada, e atualizando alguns de seus principais achados face aos prognósticos da chamada Quarta Revolução Industrial, este trabalho oferece um panorama dos desenvolvimentos recentes, bem como das principais tendências do processo de digitalização do mercado de capitais brasileiro nas últimas décadas. Com isso, o objetivo é lançar luz sobre um fenômeno emergente no setor, apresentando dados e informações que contribuam para reflexões sobre os desdobramentos e consequências desses processos para a economia brasileira, inserida no quadro dos mercados financeiros interconectados globalmente.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Referências

ALDRIGHI, D. M. et al. As ofertas públicas iniciais na Bovespa no período recente: características das empresas, estrutura de propriedade e de controle, e desempenho. In: Encontro nacional de economia, 38, 2010, Salvador. Anais… Salvador: Anpec, 2010.

BECTOR, R.; MARRATO, A.; SPARROW, C. The hidden Alpha in equity trading: steps to increasing returns with the advanced use of information. [S. l.]: Oliver Wyman, 2013. Disponível em: https://www.oliverwyman.com/content/dam/oliver-wyman/v2/publications/2014/mar/The_Hidden_Alpha_in_Equity_Trading.pdf. Acesso em: 2 jun. 2025.

BRAGA, J. C. Crise sistêmica da financeirização e a incerteza das mudanças. Estudos Avançados, São Paulo, v. 23, n. 65, 2009.

CFTC – COMMODITY FUTURES TRADING COMMISSION. Concept release on risk controls and system safeguards for automated trading environments. Washington, D. C.: Commodity Futures Trading Commission, Sept. 12, 2013. Disponível em: https://www.cftc.gov/sites/default/files/idc/groups/public/@lrfederalregister/documents/file/2013-22185a.pdf. Acesso em: 2 jun. 2025.

CHESNAIS, F. A mundialização do capital. São Paulo: Xamã, 1996.

CHESNAIS, F. A mundialização financeira: gênese, custos e riscos. São Paulo: Xamã, 1998.

CHESNAIS, F. A teoria do regime de acumulação financeirizado: conteúdo, alcance e interrogações. Economia e Sociedade, Campinas, v. 11, n. 1, p. 1-44, jan./jun. 2002. Disponível em: https://periodicos.sbu.unicamp.br/ojs/index.php/ecos/article/view/8643086/10638. Acesso em: 2 jun. 2025.

CHESNAIS, F. A finança mundializada: raízes sociais e políticas, configuração, consequências. São Paulo: Boitempo, 2005.

CINTRA, M. A. M. A crise econômica mundial e a quarta revolução industrial. Carta Capital, São Paulo, 25 fev. 2016. Disponível em: http://www.cartacapital.com.br/blogs/blog-do-grri/a-crise-economica-mundial-e-a-quarta-revolucao-industrial. Acesso em: 2 jun. 2025.

DANTAS, M. O crime de Prometeu: como o Brasil obteve a tecnologia da informática. Rio de Janeiro: Abicomp, 1989.

DANTAS, V. Guerrilha tecnológica: a verdadeira história da Política Nacional de Informática. Rio de Janeiro: Livros Técnicos e Científicos Editora, 1988.

DINIZ, E. H. Cinco décadas de automação. GV Executivo, São Paulo, v. 3, n. 3, ago./out. 2004.

DINIZ, E. H.; MEIRELLES, F. S.; FONSECA, C. E. C. Tecnologia bancária no Brasil: uma história de conquistas, uma visão de futuro. São Paulo: FGVRAE, 2010.

EPSTEIN, G. Financialization, rentier interest, and central bank policy. Amherst: Department of Economics and Political Economy Research Institute, June 2002.

FARHI, M.; PRATES, D. M. Playing it again: new financial innovations and renewed financial fragility. In: Colloque gouverner la crise, gouverner dans la crise, 2015, Amiens. Anais…, Amiens: CRIISEA, dez. 2015.

FOSTER, J. B. A financeirização do capital e a crise. Outubro, [s. l.], n. 18, 2009.

GIFFIN, K. M. Financeirização do Estado, erosão da democracia e empobrecimento da cidadania: tendências globais? Ciência & Saúde Coletiva, Rio de Janeiro, v. 12, n. 6, p. 1491-1504, 2007.

GOLUB, A.; KEANE, J. A.; POON, S. H. High frequency trading and mini flash crashes. Manchester: University of Manchester, 29 nov. 2012. Disponível em: http://arxiv.org/pdf/1211.6667.pdf. Acesso em: 2 jun. 2025.

GUILLÉN, A. Financialization and financial profit. Brazilian Journal of Political Economy, São Paulo, v. 34, n. 3, p. 451-470, jul./set., 2014.

GUTTMANN, R. As mutações do capital financeiro. In: CHESNAIS, F. (org.). A mundialização financeira: gênese, custos e riscos. São Paulo: Editora Xamã, 1998.

HAGSTRÖMER, B.; NORDÉN, L. L. The diversity of high-frequency traders. SSRN, Stockholm, May 18, 2013. Disponível em: http://dx.doi.org/10.2139/ssrn.2153272. Acesso em: 2 jun. 2025.

HASBROUCK, J.; SAAR, G. Low-latency trading. Journal of Financial Markets, [s. l.], v. 16, n. 4,

p. 646-679, 2013.

HEIN, E.; VAN TREECK, T. ‘Financialization’ in post-keynesian models of distribution and growth: a systematic review. Dusseldorf: IMK, 2008. (Working Paper, n. 10).

HORTA, I. B. O desenvolvimento da internet e os grandes bancos: um estudo a partir das iniciativas do Bradesco. 2017. Dissertação (Mestrado) – Faculdade de Comunicação, Universidade de Brasília, Brasília, 2017. 177 p.

KAYA, O. High-frequency trading: reaching the limits. Frankfurt am Main: Deutsche Bank Research, May 24, 2016. Disponível em: https://www.dbresearch.de/PROD/RPS_DE-PROD/PROD0000000000454703/Research_Briefing%3A_High-frequency_trading.pdf. Acesso em: 2 jun. 2025.

KIRILENKO, A. A.; LO, A. W. Moore’s Law vs. Murphy’s Law: algorithmic trading and its discontents. Journal of Economic Perspectives, Pitsburgo, 2013. Disponível em: http://dx.doi.org/10.2139/ssrn.2235963. Acesso em: 2 jun. 2025.

LANGLEY, P. Financialization and consumer credit boom. Competition & Change, [s. l.], v. 12, n. 2, p. 133-147, 2008.

LEWIS, M. Flash boys: a Wall Street revolt. New York: W. W. Norton & Company, 2014.

LOJKINE, J. A revolução informacional. 3ª ed. São Paulo: Cortez, 2002.

MARCIAL, E. C. Megatendências mundiais 2030: o que entidades e personalidades internacionais pensam sobre o futuro do mundo? Contribuição para um debate de longo prazo para o Brasil. Brasília: Ipea, 2015.

MARX, K. O Capital. São Paulo: Nova Cultural, 1988. v. 1. t. 1.

MINSKY, H. P. Stabilizing an unstable economy. New Haven: Yale University Press, 1986.

MOLLO, M. L. R. Financeirização como desenvolvimento do capital fictício: a crise financeira internacional e suas consequências no Brasil. Brasília: Departamento de Economia da Universidade de Brasília, abr. 2011a. (Texto para Discussão, n. 358).

MOLLO, M. L. R. Capital Fictício, autonomia, produção-circulação e crises: precedentes teóricos para o entendimento da crise atual. Revista Economia, Brasília, v. 12, n. 3, p. 475-496, 2011b.

PARANÁ, E. A finança digitalizada: capitalismo financeiro e revolução informacional. Florianópolis: Insular, 2016.

PAULANI, L. M. A crise do regime de acumulação com dominância da valorização financeira e a situação do Brasil. Estudos Avançados, v. 23, n. 66, 2009. Disponível em: https://doi.org/10.1590/S0103-40142009000200003. Acesso em: 2 jun. 2025.

PÉREZ, C. Revoluciones tecnológicas y capital financeiro: la dinámica de las grandes burbujas financeiras y las épocas de bonanza. Buenos Aires: Siglo XXI, 2004.

PIRES, H. F. Reestruturação inovativa e reorganização das instituições financeiras do setor privado no Brasil. Geouerj, Rio de Janeiro, n. 2, p. 65-79, 1997.

SCHWAB, K. The fourth industrial revolution. Cologny: World Economic Forum, 2016.

SERFATI, C. O papel ativo dos grupos predominantemente industriais na financeirização da economia. In: CHESNAIS, F. (org.). A mundialização financeira: gênese, custos e riscos. São Paulo: Editora Xamã, 1998.

SHORTER, G.; MILLER, R. S. High-freaquency trading: background, concerns, and regulatory developments. CSR Report, Washington, D.C., 19 jun. 2014. Disponível em: https://fas.org/sgp/crs/misc/R43608.pdf. Acesso em: 2 jun. 2025.

SILVA FILHO, E. B. Trajetória recente do investimento estrangeiro direto e em carteira no Brasil. Boletim de Economia e Política Internacional, Brasília, n. 19, jan./abr. 2015.

STIGLITZ, J. Information and the change in the paradigm in economics. Nobel Prize Lecture, [s. l.], 8 dez. 2001. Disponível em: https://www.nobelprize.org/uploads/2018/06/stiglitz-lecture.pdf. Acesso em: 2 jun. 2025.

STOCKHAMMER, E. Financialisation and the slowdown of accumulation. Vienna: Vienna University of Economics and Business Administration, 2000.

TALEB, N. N. The black swan: the impact of the highly improbable. 2ª ed. Nova Iorque: Random House, 2010.

UBS – UNION BANK OF SWITZERLAND. Extreme automation and connectivity: the global, regional, and investment implications of the Fourth Industrial Revolution. Zurique: UBS, jan. 2016.

WEEMS, M.; TABB, A. Electronic trading outlook for Brazil: trading faster, trading smarter. Tabb Group, [s. l.], v. 12, n. 61, 2014.

YE, M.; YAO, C.; GAI, J. The externalities of high frequency trading. SSRN, [s.l.], 7 ago. 2013. Disponível em: http://dx.doi.org/10.2139/ssrn.2066839. Acesso em: 2 jun. 2025.

Downloads

Publicado

24/10/2025

Como Citar

PARANÁ, Edemilson. A digitalização do mercado de capitais no Brasil : tendências recentes. Revista Conexões: Novas Tecnologias, Sociedade e Direito, Sorocaba, v. 1, n. 1, p. 1–32, 2025. Disponível em: https://conexoes.fadi.br/revista/article/view/4. Acesso em: 26 out. 2025.

Edição

Seção

Artigos